segunda-feira, 24 de março de 2014

Inhotim - Experiência Estética

Por Marina Cipis
Eu penso que ir pra Inhotim é uma grande experiência estética para qualquer um. É como fazer uma viagem para fora do país, como Londres, e enxergar um mundo de coisas novas. Em abril de 2012 fui para Brumadinho, Belo Horizonte, com minha escola para estudar arte contemporânea no Instituto, e mergulhei em pavilhões e jardins que me fizeram refletir e emocionar com diversos assuntos.

Talvez por ser em uma imensa fazenda, e não em um museu no meio da cidade, onde é fácil se distrair após a visita, cada obra parece estar contendo algo muito maior. A iluminação, a arquitetura incrível de cada pavilhão e as diversas espécies de palmeiras e bromélias que cercam cada ambiente nos fazem imergir no mundo do artista. O conceito, ou a não necessidade de um, das obras toca profundamente cada pessoa.

Um dos meus pavilhões favoritos foi o da artista Adriana Varejão. Do lado de fora eu já me intriguei com o projeto arquitetônico, mostrado na foto a baixo. Uma espécie de cubo de concreto que sai do meio das árvores e flutua sobre uma piscina de cor muito azul, povoada com carpas. Aquilo tudo me pareceu muito surreal, mas também de uma grande beleza. 


No segundo andar do pavilhão, se situa a obra chamada Celacanto provoca maremoto (2004 – 2008). São milhares de telas pintadas com uma técnica específica de gesso afim de deixa - las como grandes azulejos. Estes azulejos ocupam todo o perímetro do cubo de concreto, criando imagens do mar, de ondas, um navio, e anjos. As pinturas tem referência ao barroco e aos azulejos portugueses, além da história entre Brasil e Portugal.



Essa obra me emocionou muito, não queria sair da sala. Eu me senti muito pequena diante de todas aquelas telas, me senti muito pequena diante do mar. Uma mistura de medo  e espanto com a beleza. O mar sempre foi algo que me intrigou, mas também nesse meio todo me veio a lembrança da minha avó, e dos azulejos bonitos que tinham em sua casa, e os santos que ficavam em seu altar.

Fiquei impressionada como esta obra mexeu comigo, por isso a considero uma grande experiência estética que me ocorreu. 




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